terça-feira, 29 de julho de 2008

LANCE TEU PÃO

LANCE TEU PÃO

Ontem sonhei que todos
éramos iguais e nada havia
de novidades pois tudo era
banal
o amor fora extinto
a complexidade e fidelidade
coisas utópicas
pra onde fora a verdade
ela se mantinha escondida
longe da cidade lá no mato
longe da sociedade onde sócios
matam o outro apenas por vaidade
algo maquiavélico
querer tudo não importando
a sobriedade de quem venha ser atingindo
tudo isso pelo bel prazer e satisfação da minha
adorada vaidade.
Pois o amor não existia e eu tinha que adianta
meu lado pois não há ninguém bom
todos estão embriagados pela sua vaidade
“achando feio e desprezível tudo aquilo
que não é espelho” como cantou Caetano

Mas o sonho acabou quando ao nascer
da alvorada fui acordado
por um homem que por mim se importava
mesmo sem me conhecer perguntou meu nome
antes de me oferecer um café da manhã
amigável e de extremo sentimento altruísta
ele me amou e atrevessou a margem da marginalidade em que estou
em que hoje sou
um mendigo um menino da rua sem dono
amor ou compaixão

Que dormiu sozinho no frio
e temendo que nesse mundo
em todos havia esfriado todo coração

Mas pelo estranho fui acordado e vir que
que amor ainda existe e é demonstrado
através de singelos gesto:
Como um oi ,qual o seu nome,
e oferecimento de um pedaço de pão .

C.A.Martins

"Lança o teu pão sobre as aguas, por que depois de muitos dias o acharás."
Eclesiastes 11:1

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